Rodrigo Maia nega pedido de impeachment do general Mourão.
Presidente da Câmara disseque não existem argumentos legais
para tal.
O pedido protocolado pelo vice- líder do governo Marco Feliciano
(PODE-SP) que pedia o impeachment do general Hamilton Mourão, foi negado pelo
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo o Maia, não existem
previsão legal de processo por crime de responsabilidade contra o Mourão.
Vice-presidente, Hamilton Mourão, em foto de fevereiro de 2019 Foto: Jorge William / Agência O Globo |
"Conquanto da leitura do art.
52, inciso I, da Constituição Federal de 1988 seja possível vislumbrar, em
tese, a compatibilidade com a ordem jurídica nacional da definição de crimes de
responsabilidade cometidos pelo Vice-Presidente da República em razão de atos
praticados nessa exclusiva condição, ou seja, fora do exercício da Presidência
da República, inexiste no direito pátrio lei que tipifique condutas da
espécie. Na ausência de lei em vigor que desempenhe essa função, lançar mão
dos dispositivos da Lei n. 1.079/1950 aplicáveis ao Presidente da República
para estender-lhes o âmbito de incidência com o intuito de alcançar o
Vice-Presidente da República traduz inadmissível emprego da analogia com
propósito incriminador, método de integração normativa que não se presta a
esse fim.", afirma o presidente da Câmara.
O deputado Marco Feliciano acusou Mourão de conspirar contra
o governo Bolsonaro. Uma dessas acusações seria uma “curtida” de Mourão em
redes sociais em páginas de criticas a Bolsonaro.
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