Documentos provam que Bolsonaro mentiu ao falar sua versão sobre a morte de Fernando Santa Cruz
O registro é da Aeronáutica com data de 1978, onde o atestado de óbito confirma a morte de Santa Cruz pelo Estado brasileiro.
Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, desaparecido em 1974, durante a ditadura militar e documento que informa data de sua prisão Foto: Arquivo e Reprodução/Arquivo Nacional |
Dois documentos
oficiais desmentem a versão do
presidente Jair Bolsonaro sobre a morte de Fernando Santa
Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa
Cruz. Além de um registro secreto da Aeronáutica datado de 1978 sobre sua
prisão, um atestado de
óbito — expedido no último dia 24, já no governo
Bolsonaro — aponta que Fernando foi morto “pelo Estado brasileiro”, durante a
ditadura militar.
Entenda: Fernando Santa Cruz
desapareceu no carnaval de 1974, no Rio. A Comissão Nacional da Verdade
apresentou duas hipóteses para o desaparecimento do jovem: ele teria sido
incinerado no Rio ou enterrado em uma vala comum em São Paulo .
Em ambas as versões, a morte é atribuída a agentes do Destacamento de Operações
de Informação — Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI).
Opinião: ao ofender a
memória de uma vítima da ditadura, o presidente voltou a cruzar o limite da decência ,
afirma Bernardo Mello Franco
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