Ayrton Senna, 25 anos depois de sua morte, piloto ainda é ídolo por todo o mundo.
Tricampeão
mundial de F-1, Ayrton Senna morreu no auge de sua carreira e até hoje a sua
partida é um vácuo irreparável nos corações brasileiros.
Capacete destruído de Senna
Domingo
de manhã é dia de corrida. Todos os brasileiros acompanham na certeza de que
não haverá atrasos e nem pedidos para deixar alguém passar, pois lá na pista
está Ayrton Senna da Silva. Tudo que lembramos deste nosso ídolo nos deixa
saudade, aquela nostalgia boa quando ouvimos a “musiquinha” da vitória de Senna
pelas pistas de Formula 1 pelo mundo. Sua mão erguida segurando a bandeira
brasileira, sua comemoração e sua alegria por mais uma vitória e por trazer
felicidades e esperanças aos brasileiros daquela época, que se encontravam
assim como hoje, sem esperanças.
Capacete destruído de Senna
Ayrton
Senna, para nós brasileiros e para muitos pelo mundo, foi um mito nas pistas de
F-1. Era quase impossível ultrapassar o carro dele nas pistas. Uma genialidade
singular. O respeito que ele tinha pelo seu país era uma de suas marcas mais lindas.
Eu tinha apenas sete anos, faltavam uns dias para completar oito anos, até
aquele primeiro de maio chegar.
Naquela
manhã de domingo, era 1º de maio de 1994, dia do trabalhador, um dia que ninguém
esquece. Chovia no dia do grande prêmio em Ímola na Itália, quando Ayrton Senna
de apenas 34 anos, perdeu a direção do seu carro e se chocou no muro da curva
Tamburello. Ayrton Senna bateu a cabeça forte várias vezes pelo carro, como
mostra os arranhados em seu capacete, mas o que matou o nosso herói das pistas,
foi um ferro que se soltou do seu carro e perfurou o seu capacete e a sua
testa. Nessa hora o mundo parou e todas as atenções eram para salvar o piloto.
O carro
de Ayrton Senna ficou totalmente destruído. Não tinha mais a parte da frente do
carro pilotado por ele. Nas mãos dos médicos ele perdia muito sangue. Rapidamente
ele foi levado ao hospital daquela cidade italiana, mas algumas horas depois, a
notícia que ninguém queria ouvir, Ayrton Senna acabava de falecer. Tristeza nos
olhares dos repórteres. Lembro que alguns com a voz embargada para segurar o
choro davam as notícias em seus canais de notícias. Um domingo triste para
todos, principalmente para os brasileiros. De lá para cá, temos um hiato a ser
vencido nas pistas de Formula 1 pelo mundo.
Vinte cinco
anos se passaram desde que Senna foi correr em outras pistas longe daqui.
Porem, a sua imagem continua a ser vinculada a grandes marcas e campanhas
sociais. Um ídolo brasileiro, um ídolo internacional, um ídolo do nosso esporte
conhecido tanto quanto Pelé.
Notícia da morte de Ayrton Senna
Na última
terça-feira, 30, o piloto Luciano Burti, que sofreu um grave acidente no GP da
Bélgica, em 2001, falou no programa ‘Mais Você’, apresentado por Ana Maria
Braga, sobre o que mudou após o acidente com Senna.
“Eu não lembro de nada. Só sei que bati no muro a
270 km/h. Se não fosse o acidente do Ayrton, eu não teria sobrevivido. Após a
morte dele, a segurança da Fórmula 1 melhorou muito, dos carros, das pistas,
dos equipamentos”.
“Não apenas minha
carreira, mas também minha vida está ligada a Ayrton Senna”, disse
Alain Prost, ex-piloto e companheiro de Senna nas pistas.
“Esta rivalidade foi
incrível mas estava também ligada a toda a cena e, infelizmente, a morte de
Ayrton a deixou congelada. Na realidade, eu só corri dois anos com ele na mesma
equipe, e só quatro ou cinco anos no total (com os dois lutando pelo título).
Fiz muitas coisas, ganhei muitas corridas e campeonatos sem ele, mas nossa
história está completamente ligada. Não há um momento em que, se você fala de
Prost, não mencione Senna e vice-versa. Não só minha carreira, mas também minha
vida está ligada a ele. Vivo com isso há cerca de 30 anos”, disse Prost.
O que dizem os novos pilotos?
O que dizem os novos pilotos?
“Ele
ultrapassou essa barreira de ser apenas um piloto. Tocou a perfeição, na minha
cabeça tem a imagem de um herói, de alguém que não tinha medo. Suas atitudes
eram exemplares. Ele é o meu ídolo”, disse Sergio Sette Camara, piloto de
testes da McLaren.
“É
estranho porque, mesmo que eu nunca tenha visto o Senna correr, ele é meu ídolo
no automobilismo. Ele é muito importante para mim, sempre foi minha inspiração.
Meu pai era um grande fã de Ayrton, então a paixão vem dele”, completa Charles Leclerc,
piloto da Ferrari.
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