MPF pede que decreto de armas de Bolsonaro seja suspenso
“Coloca em risco a segurança pública de todos os brasileiros”, diz o documento.
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Na manhã
dessa quata-feira (15) o Ministério Público Federal pediu a 17 Vara da Justiça
Federal que o decreto assinado por Jair Bolsonato que regulamentou o porte de
armas no Brasil tenha suspensão imediata no país.
Segundo
o MPF, o decreto assinado no dia 8 de maio pelo presidente da República extrapola a sua natureza regulamentar,
desrespeita as regras previstas no Estatuto do Desarmamento e “coloca em risco
a segurança pública de todos os brasileiros”.
Para o
MPF o decreto deixa brechas ou contraria diretamente a lei vigente no país
sobre armas.
“Não
poderia o Presidente da República, através de Decreto, de modo genérico e
permanente, dispensar a análise do requisito”, argumentam os investigadores.
Além
disso, o trecho do decreto que autoriza a prática de tiro esportivo por
crianças e adolescentes é entendido pelo Ministério Público como um “flagrante
retrocesso à proteção genericamente conferida pela Constituição da República e
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Além disso,
os procuradores da República explicaram que o aumento de vendas de armas de
fogo devido o decreto assinado, aumentará o número de armas em circulação no
país.
“Muitas daquelas armas vendidas no Brasil antes do
Estatuto do Desarmamento, portanto, municiam os agentes do crime até hoje”.
Caso a suspensão total do regulamento não seja
deferida, os procuradores pedem que a medida seja aplicada a, pelo menos, 10
artigos do decreto.
Nesse caso, seriam alterados os pontos que podem
refletir "maior risco para a ordem social e jurídica do país".
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