Assessor do ministro do Turismo é preso em operação das candidaturas laranjas
Membros do partido são suspeitos de indicar falsas candidatas às eleições para desviar recursos. Ministério diz que investigação não tem relação com atuação de Mateus Von Rondon no Ministério do Turismo, e PSL afirma que não houve ilegalidade.
Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio |
Um
assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo
Álvaro Antônio, foi preso na
manhã desta quinta-feira (27) na investigação da Polícia Federal sobre supostas
candidaturas de laranjas do PSL em Minas Gerais. Mateus Von Rondon foi detido em Brasília. Além dele, foi preso em
Ipatinga um dos coordenadores da campanha de Álvaro Antônio à Câmara dos
Deputados em 2018, Roberto Silva Soares, conhecido como
Robertinho.
Policiais
chegaram por volta de 5h40 na residência do assessor, em Brasília. Ele foi
encaminhado para a superintendência da Polícia Federal em Brasília por volta
das 7h40.
De
acordo com as investigações da PF, Roberto Silva Soares é suspeito de negociar devoluções de
quantias pelas candidatas suspeitas. Ele é o atual
primeiro-secretário do diretório do PSL em Minas.
Além
disso, o irmão dele, Reginaldo Donizete Soares, é sócio de duas empresas (I9
Minas e a Imagem Comunicação) que figuram como prestadoras de serviços
eleitorais (pesquisas e publicidade) às candidatas investigadas. De acordo com
a PF, a I9 Minas não funcionava havia menos dois anos, mas de acordo com
informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as duas
empresas teriam recebido R$ 44,9 mil de duas candidatas.
A
PF deflagrou a operação em Aimorés e Ipatinga, na Região do Vale do Rio Doce, e
em Brasília. Chamada de Sufrágio Ostentação, a ação cumpre mandados de prisão
temporária e de busca e apreensão.
Os
suspeitos são investigados pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral,
emprego ilícito do fundo eleitoral e associação criminosa.
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