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‘Agora acreditam em mim’, diz garota estuprada por PMs ao falar sobre o vídeo vazado

Imagens feitas por câmeras de segurança contradizem depoimento dos policiais acuados do crime

Imagens mostram PM entrando no banco de trás de viatura em Praia Grande, SP — Foto: Reprodução

A jovem de 19 anos que acusa policiais militares de São Paulo de estupro disse  nesta segunda-feira (1º), após a divulgação do vídeo que confirma a versão contada pela vítima.

Segundo ela, muitas pessoas duvidavam da veracidade do crime e, após as imagens, passaram a acreditar. Os dois policiais envolvidos no caso estão presos no Presídio Romão Gomes.

As imagens gravadas por câmeras de segurança em Praia Grande, no litoral de São Paulo, mostram um dos policiais militares investigados por estuprar a jovem entrando no banco de trás da viatura junto com a vítima.

De acordo com a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, em depoimento à Polícia Civil, os PMs haviam relatado que ambos teriam ido nos bancos da frente do veículo.

"Muitas pessoas duvidaram que eu havia sido vítima de uma violência sexual. Depois do vídeo e de todas as provas, agora a maioria passou a acreditar em mim. Ainda assim, existem pessoas que acham que é mentira, mesmo com todas as provas", explicou a vítima, que achou que o vazamento do vídeo foi benéfico para provar que ela havia contado a verdade em depoimento.

A jovem diz que muitas pessoas duvidavam porque conhecem ou têm parentes policiais. "Eu também tenho um tio policial e não justifico a atitude por ser policial. Ele é um ser humano", finaliza.

Em entrevista o responsável pela Ouvidoria da Polícia de SP, Benedito Domingos Mariano, explica que o vídeo "depõe" contra os policiais. "Para os policiais civis, eles alegaram que os dois estavam no banco da frente. O vídeo contradiz o depoimento deles. Isto é citado no pedido de prisão preventiva."

Além das imagens, o laudo pericial feito pela vítima apontou indícios de violência sexual, segundo a Ouvidoria da Polícia do Estado.



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