Ministro da Casa Civil confirmou que saques do FGTS serão limitados a R$ 500 por conta
Onyx informou que a medida vai atender mais de 96 milhões de trabalhadores.
Onyx: ministro disse que os trabalhadores poderão sacar até 500 reais de cada conta que tiverem no FGTS (Alan Santos/PR/Flickr) |
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta quarta-feira que os trabalhadores poderão sacar até 500 reais de cada conta que tiverem no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), tanto ativas quanto inativas, e que o período para a retirada será de agosto de 2019 a março de 2020.
Onyx disse também, em
entrevista à Rádio Gaúcha, que a medida poderá atender até 96 milhões de
trabalhadores, que no total possuem 260 milhões de contas ativas e inativas no
FGTS.
Segundo o ministro,
além do saque neste ano, o trabalhador poderá optar por uma retirada anual do
FGTS. Tanto neste ano como nos próximos o saque será limitado a um percentual
que dependerá do saldo das contas, disse.
“Este ano vai haver um
saque limitado a 500 reais por conta. A partir do ano quem, se tiver bastante
dinheiro na conta, o percentual é menor. Se tiver pouco recurso na conta, o
percentual é maior. E vai permitir também que o trabalhador antecipe no banco o
saque, como no Imposto de Renda”, afirmou.
O ministro garantiu que não vai haver qualquer mudança na multa de 40%
sobre o saldo total do FGTS a ser paga pelos empregadores em caso de demissão
sem justa causa.
No entanto, Onyx
afirmou que em algum momento será necessário fazer uma mudança estruturante,
uma vez que o “custo do trabalho é muito alto no país”.
“Na reforma tributária
vamos ter que discutir qual será o peso dos tributos sobre o trabalho”,
afirmou.
Na terça-feira, o
ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a liberação do FGTS deve ficar
em torno de 30 bilhões de reais neste ano, chegando a 12 bilhões de reais no ano que vem,
abarcando tanto contas ativas quanto inativas.
As regras para os saques
dos recursos serão anunciadas pelo governo nesta quarta-feira, numa investida
concebida pelo governo para injetar algum ânimo à economia. Mais cedo neste
mês, a equipe econômica cortou pela metade sua previsão de expansão do Produto
Interno Bruto (PIB) este ano, a 0,81%.
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