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Polícia Civil faz buscas e cumpre mandados na sede do Cruzeiro em investigações sobre lavagem de dinheiro.


Batida é feita em Belo Horizonte, e tem como alvos o presidente Wagner Pires de Sé e o vice de futebol Itair Machado.

Policiais civis cumprem mandados de busca e apreensão na sede do Cruzeiro nesta manhã. — Foto: Vladimir Vilaça/TV Globo
A Polícia Civil cumpre na manhã desta terça-feira (9) mandados de busca e apreensão na sede do Cruzeiro, no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e também na Toca da Raposa, centro de treinamento que fica na Região da Pampulha.

As buscas também acontecem nas casas do presidente do Cruzeiro Wagner Pires de Sá e do vice de futebol Itair Machado. A defesa deles ainda não se manifestou.

O atual bicampeão da Copa do Brasil é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro, uso de empresas de fachada e até pela venda de direitos de um menor de idade. A dívida do clube chega a R$ 500 milhões.

Em maio, a TV Globo teve acesso a documentos internos do clube que revelam transações irregulares e uso de empresas de fachada para ocultar crimes.

O Ministério Público informou que o processo corre em sigilo e que por isso não pode dar detalhes sobre as investigações.

O Cruzeiro informou que vai se manifestar oficialmente por meio de nota no site do clube.


Operação de busca e apreensão também acontece na Toca da Raposa 2 — Foto: Thaís Leocádio/G1


A investigação


A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito para apurar denúncias sobre falsificação de documento particular, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os investigadores já ouviram 15 pessoas, todas elas relacionadas de alguma forma com o Cruzeiro – entre funcionários e ex-funcionários, dirigentes e prestadores de serviços que realizaram transações com o clube.

O inquérito se baseia em um balancete contábil analítico, que demonstra pagamentos feitos pelo Cruzeiro no decorrer de 2018, ao qual o Fantástico também teve acesso.
A reportagem foi além e conseguiu quase 200 páginas de contratos e planilhas de controle interno. Há evidências de que a diretoria cruzeirense quebrou regras da Fifa e da CBF, no âmbito do futebol, e do governo federal, por meio do Profut, programa de renegociação de dívidas fiscais com clubes.


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