Reforma da Previdência tem texto-base aprovado em 1º turno na Câmara
Foram 379 votos a favor dos 513 deputados.
Expectativa é que o 2º turno seja votado até sexta-feira
Luis Macedo/Câmara dos Deputados - 10.7.2019 |
A Câmara dos
Deputados aprovou nesta quarta-feira (10), com 379 votos favoráveis e 131
contrários, o texto-base da reforma da Previdência.
Por se
tratar de um PEC, o texto, que precisava do apoio de 308 deputados para
continuar em tramitação, segue na Câmara até que seja aprovado em segundo
turno.
A
expectativa do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), é de que
a votação final do projeto na Casa seja realizada até
sexta-feira (12).Caso aconteça uma nova aprovação, o texto
seguirá para o Senado Federal.
Antes de
encerrar a votação, Maia disse que o momento é histórico e afirmou ter se
questionado muitas vezes se sua posição a favor da reforma era a mais adequada.
"A cada discurso que eu ouço tenho mais convicção de que a decisão de
reformar o Estado brasileiro é a mais correta", comentou ele.
De acordo
com Maia, a reforma da Previdência surge para "reduzir as desigualdades do
Brasil" e garantiu que o projeto a ser votado não é o que mais o agrada.
"No meu texto não teríamos regra de transição", avaliou o presidente
da Câmara, que ainda disse ter "muito orgulho de presidir a Câmara" e
ter uma relação de confiança com as líderanças de todos os partidos.
Mais cedo,
os deputados rejeitaram destaques apresentados individualmente que
tentavam retirar o texto da pauta. Durante todo o andamento de discussão das
propostas, a oposição optou pela obstrução à matéria sob
o argumento de que as regras apresentadas pela PEC são rígidas demais,
principalmente para os trabalhadores de baixa renda.
Nos próximos
dias, os parlamentares podem apenas apresentar destaques pela retirada dos
trechos já aprovados. Maia estima que serão apresentados 11 destaques
ao texto principal., sendo nove da oposição, um da Maioria e um do PL.
Mudanças
O texto-base
da reforma da Previdência aprovado em primeiro turno pela Câmara é o mesmo
do relatório apresentado pelo deputado Samuel
Moreira (PSDB-SP) em comissão especial, que mantém as
diretrizes da proposta original do governo Jair Bolsonaro.
A proposta
em questão estabelece idade mínima para aposentadoria do trabalhador em 62 anos para mulheres e 65 para homens.
O tempo mínimo de contribuição foi estipulado em 20 anos para homens e 15 anos
para mulheres.
O governo
enviou ao Congresso três regras de transição para servidores públicos e
trabalhadores da iniciativa privada. O relator acrescentou uma quarta regra,
que vale tanto para o INSS quanto para o serviço público.
Pela
alternativa adicional, os trabalhadores que já contribuem para a Previdência
poderão se aposentar com 57 anos, no caso das mulheres, e 60 anos, no caso dos
homens. Deverão ainda ter 30 anos de contribuição (mulheres) e 35 (homens),
além de pagar um "pedágio", que corresponde a um período adicional de
contribuição equivalente ao mesmo número de anos que faltará para cumprir esse
tempo mínimo de contribuição (30 ou 35 anos) na data em que a PEC entrar em
vigor.
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