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Crime choca Minas Gerais: Na cidade de Divinópolis mulher afoga e estrangula criança de seis anos


Segundo a assassina da criança, a mãe da vitima que seria o seu alvo devido divergências com a vizinha.


Menina Amanda, de 6 anos


Principal suspeita do crime que chocou Minas Gerais nesta sexta-feira (9), Sara Maria de Araújo, de 38 anos, falou à imprensa e disse que tinha como principal alvo a mãe da menina Amanda, de 6. A vítima perdeu a vida em Divinópolis, na Região Centro-Oeste do estado, onde morreu enforcada com uma corda e afogada em um balde. O corpo dela ainda foi jogado do segundo andar da residência.
Eu queria, na verdade, a mãe. Eu não queria a criança. Se eu tivesse com um revólver era ela (a mãe) que eu iria pegar por ela ter mais 'coração' comigo”, disse a mulher. Perguntada se havia se arrependido, Sara disse que Amanda era “um anjo”. “Só tenho a pedir perdão, até a mãe dela. A culpada disso tudo é a mãe dela”, afirmou.

Segundo a suspeita, não foi preciso atrair a criança para a cena do crime, pois a vítima era amiga da sua filha. “Nós éramos amigas, mas a filha dela batia na minha filha também”, acusou.

O homicídio teria sido cometido em vingança contra a mãe da vítima. A detida acredita que ela a teria denunciado ao Conselho Tutelar. Sara, no entanto, não confirmou o motivo que teria levado a vizinha a delatá-la e classificou tudo como “fofoca” da comunidade.


Sara Maria de Araújo, assassina de Amanda

O crime 


O drama e angústia da família da menina teve início nessa quinta-feira. A mãe da garota a buscou na escola, por volta das 17h, e, juntas foram para casa, localizada no Bairro Lagoa dos Mandarins.

A mulher contou que estava no telefone conversando com o pai de sua filha, quando ela desapareceu. A Polícia Militar (PM) foi chamada e, junto aos bombeiros, iniciou uma varredura pela região.

Enquanto a PM estava na região, moradores de uma residência que fica perto da casa da garota ouviram, em seu quintal, um estrondo por volta de meia noite, já no início da madrugada desta sexta-feira. Os militares foram até o local e encontraram o corpo da criança, já sem vida, caído no terreno de uma casa.

Na manhã desta quinta-feira, Sara chegou a afirmar que a morte de Amanda teria sido um acidente. Porém, a Polícia Civil levantou elementos que constatavam que se tratava de um crime.

Diante dos fatos, a mulher acabou confessando o assassinato. “A Sara, desde o início das apurações, entrou em contradições, em especial contra as provas objetivas. Diante disso, ela resolveu confessar a prática do crime, alegando que assassinou Amanda por vingança. A motivação de Sara é por acreditar que a mãe de Amanda a denunciou ao Conselho Tutelar. Acuada, com receio de perder a guarda da filha, de 5 anos, para se vingar, resolveu fazer isso”, contou o delegado Leonardo Moreira Pio, da Regional de Divinópolis, responsável pelo caso.

Crime cruel


A mulher deu detalhes do assassinato cruel. Segundo ela, no fim da tarde de quinta-feira, atraiu Amanda para sua residência. Para evitar que a filha flagrasse o crime, lhe entregou um telefone para distraí-la. Depois, levou a vítima para um outro cômodo. “Através de uma corda, tentou estrangular a vítima. A menina ficou desacordada, mas percebendo que ela não havia morrido, Sara pega a cabeça da menina e mergulha em um balde, matando por afogamento. Vindo de (sic) encontro ao laudo de necrópsia que apontou a causa morte por afogamento”, explicou o delegado.

O crime aconteceu por volta das 19h. De acordo com Leonardo Pio, a mulher passou um plástico em volta do corpo e depois um cobertor. Em seguida, a amarrou e deixou em um dos quartos. Em depoimento, afirmou que deixou o corpo no local para pensar o que iria fazer. Por volta das 0h, quando a rua já estava cheia de pessoas, policiais militares, e bombeiros, que procuravam a garota, resolveu jogar Amanda da janela.

O inquérito policial deve ser concluído em até 10 dias. Sara será indiciada por homicídio qualificado – por motivo fútil e asfixia – além de fraude processual, pois alterou a cena do crime. Se condenada, pode pegar mais de 30 anos de prisão. “Ela mostra total desamor a vida alheia”, afirmou o delegado sobre o perfil de Sara.


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