Durante a Marcha para Jesus, Bolsonaro afirmou que ideologia de gênero é do “capeta”
Presidente falou por 14 minutos e criticou a esquerda e a imprensa.
O presidente ainda parabenizou todos os pais do Brasil, já que será Dia dos Pais neste domingo(foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press) |
O presidente da República, Jair Bolsonaro, chegou aplaudido pelas pessoas que acompanham a Marcha para Jesus — pela família e para o Brasil, que iniciou às 9h em
frente do Palácio
do Buriti e desde 10h30 se
concentra ao lado do Clube do Choro. O governador do Distrito Federal, Ibaneis
Rocha, também está presente no evento e teceu apoio ao chefe do Executivo Federal.
A Polícia Militar do DF informou que não contabilizou o número de pessoas
presentes, mas organizadores estimam 15 mil pessoas.
Até às 10h30, três faixas do Eixo Monumental, lado Sul, estiveram
fechadas. Depois deste horário, todo o tráfego de veículos foi impedido.
Motoristas tiveram que mudar o trajeto para o Parque da Cidade. Bolsonaro
chegou pouco depois das 11h e ficou até às 11h40, mas a marcha continuou até o
Museu Nacional, com três faixas bloqueadas.
O presidente foi chamado de “mito” pelos apoiadores
em diversas ocasiões e foi apresentado pelos organizadores como o único na
história do Palácio do Planalto que “reconhece que Jesus é Jesus”. Ele beijou a
camisa do evento, com a escritura “Marchando para Jesus” e foi aplaudido.
A Marcha para Jesus é um evento organizado pelo Conselho de Pastores
Evangélicos do Distrito Federal (Copev/DF) e conta com o apoio da Federação
Nacional de Igrejas Cristãs (Fenaic), da Federação dos Cantores Evangélicos do
Distrito Federal (FACEV), do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e
Política (Fenasp) e da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil
(Concepab).
Durante o discurso, que durou 14 minutos, Bolsonaro criticou
a esquerda e a imprensa, e ainda declarou que a ideologia de gênero
é do “capeta”. Ele relembrou do apoio dos evangélicos
durante a campanha eleitoral.
“Além do milagre da minha vida, o milagre da nossa eleição. Tive apoio
de grande parte dos evangélicos no período inicial das eleições.
Isso foi decisivo. O que eu falava durante a campanha eu já falava anos antes.
Desde 2010, quando apareceu nos governo que nos antecedeu as questões de
multifamílias”, afirmou Bolsonaro. “Se querem que eu acolha isso, apresente uma
Emenda Constitucional e modifique o artigo nº 226, que diz que família é homem
e mulher. E mesmo mudando isso, como não dá para emendar a bíblia, eu vou
continuar acreditando na família tradicional”, acrescentou, aplaudido.
O presidente ainda parabenizou todos os pais do Brasil, já que
será Dia dos Pais neste domingo (11/8). “Amanhã, como todos os
dias, é o dia da família”, declarou. Bolsonaro ainda enfatizou que, apesar do
Brasil ser um estado laico, a maioria das pessoas são cristãs. No trio
elétrico, onde discursou, havia a bandeira de Israel, porque, segundo ele, é
preciso agradecer às tradições judaico-cristã.
“Vocês tem pela primeira vez na história do Brasil um presidente que
está honrando o que prometeu na campanha, que acredita da família e
que vai respeitar a inocência das crianças nas salas de aulas. Não existe conversinha
de ideologia de gênero. Isso é coisa do capeta. Tenho certeza que o governador
Ibaneis não vai admitir isso no DF”, disse, ao lado do chefe do Executivo
distrital.
Fé e imprensa
De acordo com Bolsonaro, “a todo momento” a população brasileira escuta que a “esquerdalha do PT, PCdoB, PSOL, nojenta” defender que o estado é laico. “Mas eu, Jonnie Bravo, sou cristão. Aqui, nesse carro e pátio, somos cristãos”, disse, antes de ser ovacionado com gritos de “mito”. Respeitamos todas as religiões e quem não é cristão. Mas a maioria dos brasileiros é cristão e ponto final. O Brasil é um só povo, uma só raça e um só coração. É uma bandeira e meia: Brasil e Israel”, apontou.
Fé e imprensa
De acordo com Bolsonaro, “a todo momento” a população brasileira escuta que a “esquerdalha do PT, PCdoB, PSOL, nojenta” defender que o estado é laico. “Mas eu, Jonnie Bravo, sou cristão. Aqui, nesse carro e pátio, somos cristãos”, disse, antes de ser ovacionado com gritos de “mito”. Respeitamos todas as religiões e quem não é cristão. Mas a maioria dos brasileiros é cristão e ponto final. O Brasil é um só povo, uma só raça e um só coração. É uma bandeira e meia: Brasil e Israel”, apontou.
Bolsonaro também alfinetou a imprensa e relembrou que assinou, “com a
caneta bic”, uma medida para que as empresas não sejam obrigadas a publicar
balancetes nos jornais. De acordo com ele, não é retaliação à mídia e vai em
direção à modernização, já que os dados empresariais poderão ser acessados no
site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Diário Oficial da União, de
forma gratuita.
“Não estamos desafiando nenhuma instituição, mas não aceitaremos pressão
para manter nichos qualquer que seja em causa própria”, afirmou no início do
discurso. “Levantamento preliminar os jornais vão deixar de ganhar R$ 1,2
bilhão. Estamos atacando nichos que oprimiam a sociedade”, acrescentou
Bolsonaro.
O chefe do Executivo ainda afirmou que o governo está facilitando a vida
de todos e que está em luta com o Judiciário para acabar com os pardais no
Brasil. “Tenho certeza que o governador vai brigar. Ninguém consegue andar no
df sem ser multado. Isso é covardia. Vai acabar com essa roubalheira em
Brasília”, disse ao lado de Ibaneis.
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