Em encontro com o procurador Bonsaglia, Bolsonaro tratou de índios, armas e meio ambiente
Presidente vai tratar de armas como a 1º da lista da PGR
O encontro desta terça-feira (13) entre o
presidente Jair Bolsonaro e o o subprocurador Mário Bonsaglia,
primeiro colocado na eleição que definiu uma lista tríplice para
procurador-geral da República, abordou três temas, segundo informado ao blog
por interlocutores do governo:
·
Meio ambiente
·
Questões indígenas
·
Implantação do porte de armas
Os três temas são importantes para o governo e têm
interface com a atuação do Ministério Público Federal.
Na última semana, o presidente sinalizou que
pretende escolher um procurador-geral
que trate a questão ambiental "sem radicalismo", que
tenha "tratamento adequado" com as Forças Armadas e que não atue de
"forma xiita" em relação às minorias.
O idealizador do encontro entre Bolsonaro e
Bonsaglia foi o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge
Oliveira, que também acompanhou pessoalmente a conversa entre os dois.
Segundo o blog apurou, a reunião foi amistosa, sem
o perfil de uma sabatina. Não houve menção ao processo de escolha ou se o prazo dado
por Bolsonaro para indicar o novo procurador-geral (até
sexta-feira, 16), vai ser realmente cumprido.
A questão da lista tríplice, resultado de uma
eleição promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República entre
os membros da categoria, foi abordada em um breve momento da conversa.
Embora o presidente não tenha a obrigação de
escolher um dos nomes, a lista tem sido levada em conta desde 2003 e é
respaldada pela categoria, que reúne 1,3 mil procuradores do Ministério Público
Federal.
O presidente Jair Bolsonaro ainda deve se reunir
com outros membros do Ministério Público antes de tomar a decisão e anunciar
quem indicará para o cargo, ocupado atualmente por Raquel Dodge.
A atual procuradora-geral pode, inclusive, ser
reconduzida a cargo. O mandato dela se encerra em 17 de setembro.
Como informou o blog, Bonsaglia tem
ganhado apoio de integrantes do governo para assumir a PGR
por ter perfil conservador, como deseja Bolsonaro. Luiza Frischeisen e Blal
Dalloul são os outros dois nomes da lista
Outro cotado para o posto é o procurador Augusto
Aras, que, assim como Dodge, não concorreu à lista tríplice.
Aras tem sido chamado nos bastidores do MPF de “PGR biônico”,
numa referência à nomeação de prefeitos, governadores e até senadores não
eleitos durante a ditadura militar (1964-1985).
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