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Polícia Federal faz operações contra o PCC em 4 estados


34 pessoas já foram presas e, uma arma foi apreendida até o momento. A operação da PF mira principalmente o núcleo financeiro da facção criminosa.

Fuzil apreendido durante operação 'Caixa Forte', da Polícia Federal, contra facção criminosa — Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (9) uma operação para desarticular o braço financeiro, responsável por organizar esquemas de lavagem de dinheiro, de uma facção criminosa com atuação dentro e fora dos presídios.

Segundo a PF, o esquema envolvia integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Somente entre os alvos de mandados desta sexta, a movimentação financeira foi de mais de R$ 7 milhões nos últimos 9 meses.

Até por volta de 7h30, 34 pessoas haviam sido presas e um fuzil, apreendido. Os presos são suspeitos de crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação criminosa.

Na última terça-feira, outra operação da PF contra a facção criminosaprendeu 28 pessoas em sete estados.

Desta vez, as ações foram tomadas em 18 cidades dos estados Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul (veja lista abaixo).

Ao todo, foram expedidos 52 mandados de prisão preventiva, 48 mandados de busca e apreensão e 45 mandados de bloqueio de contas bancárias.

Segundo as investigações, o dinheiro movimentado por este braço financeiro da facção criminosa é originário do tráfico de drogas. Ele era transferido entre contas bancárias de forma fracionada para não acionar dispositivos de vigilância do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Operação Caixa Forte

Coordenada pela Polícia Federal em Minas Gerais, a Operação Caixa Forte tem a maior parte dos alvos no Paraná.

Os mandados estão sendo cumpridos em Uberaba (MG), Conceição das Alagoas (MG), Campo Grande (MS), Corumbá (MS), São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP),
Itaquaquecetuba (SP), Embu das Artes (SP) e nas cidades paranaenses de Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.

A operação é fruto de uma investigação iniciada em novembro do ano passado pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO).

Celular apreendido dentro de presídio em Uberaba, no Triângulo Mineiro — Foto: Divulgação/Polícia Federal



Investigações a partir de troca de mensagens


Ainda segundo informações da PF, pessoas aparentemente sem vínculo com o PCC, mas com relações próximas a membros da facção, abriam e movimentavam essas contas bancárias em nome próprio, viabilizando o processo de lavagem de dinheiro.

As apurações começaram a partir da apreensão do telefone celular de um dos membros da organização criminosa, em agosto do ano passado, em Belo Horizonte, que continha uma série de trocas de mensagens com outros criminosos.

Com o aparelho, os investigadores destrincharam a organização financeira da facção, identificando, assim, um dos principais articuladores do esquema e responsável pelo controle das questões financeiras da organização, que está preso em uma penitenciária no Paraná.

Segundo informações da PF, mesmo preso, o criminoso ocupava posto de destaque dentro da facção criminosa, fazendo o controle das movimentações financeiras, recebendo, organizando e separando as informações por regiões do país, estados, quantidades, datas, fornecedores, devedores, recebimentos, lucro e fazendo o fechamento semanal e mensal dos depósitos bancários.

Ele também enviava, por meio de mensagens de celular, os números das contas bancárias que deveriam ser utilizadas para a movimentação do dinheiro do tráfico.
Estima-se que, ao todo, essa organização criminosa reúna mais de 23 mil criminosos em todo o país.

Operação Cravada

 

Na última terça-feira (6), a Polícia Federal prendeu 28 pessoas em 23 cidades do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima e Pernambuco. Nesta operação, 418 contas bancárias foram bloqueadas. De acordo com a PF, cerca de R$ 1 milhão por mês circulavam nas contas mantidas pela facção criminosa.

De acordo com a PF, o dinheiro arrecadado era utilizado para a compra de armas e drogas e bancar transporte e estadia de familiares dos presos próximo aos presídios onde os membros do grupo estão detidos.


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