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Segundo advogado, MP militar pede liberdade para acusados de atirar e matar músico com 80 tiros no Rio.

Evaldo Rosa foi morto por homens do Exército, dentro do seu carro, quando a um chá de bebê com a sua família. Advogado dos militares disse que prisão é “constrangimento ilegal”.

Militares atiraram contra veículo nas imediações do Piscinão de Deodoro, em Guadalupe, no RJ Foto: Fábio Teixeira / Agencia O Globo

Nessa segunda-feira, 29, o Ministério Público Militar pediu a liberdade dos noves militares do Exército que estão presos desde o dia sete de abril, por terem atirado 80 vezes e matado o músico Evaldo Rosa e o catador Luciano Macedo, na zona norte do Rio de Janeiro. A informação foi passada pelo advogado dos militares Paulo Henrique Mello e pediu a soltura dos acusados ao Superior Tribunal Militar, segundo o jornal Estadão.

 “Juntei o inquérito e demonstrei que, na opinião da defesa, a prisão (dos militares) era ilegal, era um constrangimento ilegal, e que eles preenchiam todos os requisitos para responder (ao processo) em liberdade. (O recurso) foi para a juíza, que poderia ter o juízo de retratação, (mas) ela manteve os fundamentos da prisão, e então foi para o procurador-geral de Justiça Militar. Aí existe a figura do subprocurador. Já veio aos autos o parecer do subprocurador (Carlos Frederico de Oliveira Pereira), em nome do procurador-geral, pela concessão da liberdade provisória. Agora aguardamos o ministro (Lucio Mário de Barros Góes, relator do recurso no STM) se manifestar em relação à liminar ou colocar o habeas corpus em sessão para que a defesa faça sustentação oral. Mas a defesa está muito confiante de que eles respondam em liberdade provisória”, contou o advogado. 

O subprocurador Pereira disse que os militares não desobedeceram as regras de conduta, porque “tentavam salvar um civil da prática de um crime de roubo”.




Fuzilamento do músico


Evaldo Rosa estava no volante do seu carro, um Ford Ka sedan branco, a caminho de um chá de bebê, e junto levava a sua mulher, um filho, o sogro e um adolescente. No momento em que passava por uma guarnição do Exército na Estrada do Camboatá, o seu carro foi alvejado com 80 tiros disparado pelos militares. Evaldo Rosa Morreu no local. Já o catador Macedo, que passava pela rua no momento, foi atingido e morreu uma semana depois.

No começo, o Comando Militar do Leste (CML) disse em nota que ação foi uma resposta a um assalto e que os militares foram alvo de uma “agressão” por parte dos ocupantes do carro. A família do musico contestou a versão e só então o Exército prendeu os 12 militares envolvidos na morte.

Os militares do Exército teriam confundido o carro do músico com de criminosos que, momentos antes, praticaram um assalto próximo da li. E o modelo do carro dos bandidos era da mesma cor, porem era de um modelo diferente, um Honda City.

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