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Protestos contra cortes na educação ocorrem em todos os estados do Brasil.

Mais de 200 cidades fizeram manifestações. Presidente Bolsonaro chamou estudantes que manifestavam de "idiotas úteis"

Manifestantes participam de ato contra cortes na educação, na Candelária, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15) — Foto: REUTERS/Pilar Olivares



Ao menos 222 cidades do Brasil, segundo levantamento do G1, tiveram manifestações, nesta quarta-feira (15), contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). Houve atos em todos os estados do país e também no Distrito Federal.

Universidades e escolas também fizeram paralisações, após a convocação de uma greve de um dia por parte de entidades ligadas a sindicatos, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos. Os atos foram pacíficos.

Foi a primeira grande onda de manifestações durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, pouco mais de quatro meses após ele ter tomado posse. Em Dallas (EUA), Bolsonaro classificou os manifestantes de "idiotas úteis" e "imbecis". Mais tarde, por meio do porta-voz Otávio Rêgo Barros, disse que as manifestações de "legítimas e democráticas, desde que não se utilizem de violência, nem destruam o patrimônio público".

A reação às declarações de Bolsonaro apareceu em faixas nos protestos e também em críticas nas redes sociais.

Ao Blog do Camarotti, auxiliares do governo entendem que uma fala do ministro da Educação Abraham Weintraub turbinou as manifestações. Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo" em 30 de abril, o ministro sinalizou cortes em universidades onde houvesse "balbúrdia".


Estudantes e professores fazem ato na Avenida Paulista contra cortes na educação — Foto: Fábio Tito/G1


Resumo


·         MEC bloqueou 24,84% dos gastos não obrigatórios dos orçamentos das instituições federais. Essas despesas incluem contas de água, luz e compra de material básico, além de pesquisas;

·         As verbas obrigatórias (86,17%), que incluem salários e aposentadorias, não serão afetadas;
·         Sindicatos e movimentos estudantis convocaram um dia de greve contra cortes de verbas que, segundo eles, podem paralisar as universidades;
·         O ministro interino da Economia, Marcelo Guaranys, disse que a arrecadação do governo foi abaixo do esperado e, por isso, foi feito o congelamento temporário de verbas;

·         O ministério informou que "está aberto ao diálogo" e que o ministro se reuniu com reitores de federais.

Em  Belo Horizonte



Protesto no Largo do Rosário, em Campinas, contra bloqueio de verbas da Educação. — Foto: Luciano Calafiori/G1



Em Belo Horizonte, estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) participaram dos atos, que começaram às 7h na na Avenida Amazonas, no bairro Nova Suíça. Eles carregavam faixas com dizeres como "Luto pela educação" e "A aula hoje é na rua". Os protestos se espalharam por outras partes da cidade e concentraram o maior público no Centro.



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