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UFMG teme que cortes anunciados pelo governo de 30% afetem os serviços básicos da Universidade


Segundo a nota da reitoria, com os cortes a instituição de ensino poderá ficar sem pagar água e luz.


Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG. 



Sandra Regina Goulart Almeida, reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), disse nessa sexta-feira (3) que caso o governo corte em 30% os orçamentos das faculdades federais, conforme dito pelo Ministério da Educação (MEC), A UFMG que é a maior universidade de Minas Gerais, não teria como arcar com as despesas de água e luz do recinto e de comprar suprimentos usados em salas de aula e nos laboratórios da universidade.

"Manifestamos nossa apreensão com a notícia, divulgada pela mídia, de que o Governo Federal irá bloquear 30% nos orçamentos das instituições federais de ensino superior. Embora a UFMG não tenha sido oficialmente notificada pelo Ministério da Educação, se confirmada, a medida, reiterada pelos dados disponíveis, representará um imenso retrocesso, capaz de impactar a vida de toda a comunidade universitária e de muitos brasileiros", explicou a reitora.

Acompanhe abaixo a nota emitida pela UFMG

Nota à comunidade da UFMG
Manifestamos nossa apreensão com a notícia, divulgada pela mídia, de que o Governo Federal irá bloquear 30% nos orçamentos das instituições federais de ensino superior. Embora a UFMG não tenha sido oficialmente notificada pelo Ministério da Educação, se confirmada, a medida, reiterada pelos dados disponíveis, representará um imenso retrocesso, capaz de impactar a vida de toda a comunidade universitária e de muitos brasileiros.

Não há eficiência administrativa que supere um corte de tamanho monte, principalmente diante das sucessivas restrições orçamentárias dos últimos anos. O bloqueio de 30% dos recursos impossibilitará que a UFMG honre pagamentos de serviços básicos de manutenção, tais como água, luz, bem como adquirir insumos e suprimentos essenciais para laboratórios e salas de aula, trazendo graves prejuízos à formação dos estudantes e às atividades de ensino, pesquisa e extensão. A medida poderá provocar ainda a descontinuidade de contratos com empresas terceirizadas, o que elevará também mais as aviltantes taxas de desemprego do Estado de Minas Gerais e do país.

Reconhecemos que o cumprimento da Lei Orçamentária Anual, aprovada pelo Congresso Nacional em 2018, é condição fundamental para manter a qualidade de nossas instituições. Atuando junto à Andifes eoutras instituições e associações,bem como por meio de ações junto a parlamentares, continuaremos empenhados na defesa da manutenção integral do orçamento das IFES federais, aprovado pelo Congresso.

As atividades acadêmicas programadas serão mantidas. No entanto, será necessário analisar profundamente o impacto desse bloqueio nas atividades futuras da UFMG. Contamos com o apoio de toda a comunidade e manteremos as Unidades e os Órgãos Superiores da UFMG informados sobre encaminhamentos e possíveis decisões em função das restrições  orçamentárias da Instituição.

Reafirmamos nosso inarredável compromisso na luta pela valorização da educação pública gratuita, de qualidade e de relevância, com equidade e inclusão, e no fortalecimento da ciência, da tecnologia e da cultura.

As Universidades Federais, como patrimônio nacional, são imprescindíveis para a construção de um país mais desenvolvido, mais justo e equânime, que ofereça melhores condições de vida para sua população e, assim, devem ser reconhecidas pelas autoridades e pela sociedade brasileiras. Não se constrói um país sem investimento contínuo e sustentável em educação,cultura, ciência e tecnologia.  

Sandra Regina Goulart Almeida - reitora
Alessandro Fernandes Moreira - vice-reitor 


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