Mais um corpo é encontrado em meio à lama da Vale na cidade de Brumadinho/MG, a cinco metros de profundidade.
A barragem da Vale na mina Córrego do Feijão rompeu em janeiro (25) e, até o momento, 247 pessoas foram mortas e identificadas, outras 23 seguem desaparecidas ou não foram identificadas.
O Corpo de Bombeiros informou que encontrou nesta
sexta-feira (5) mais um corpo na área do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho,
Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os restos mortais estavam a cerca de
cinco metros de profundidade na lama.
Até o momento, 247 mortes já foram confirmadas e 23
pessoas estão desaparecidas ou não identificadas. A lista de mortos só é
atualizada quando há a confirmação de identificação dos restos mortais. A
Defesa Civil de Minas Gerais ainda não atualizou o balanço.
De acordo com os bombeiros, o corpo foi achado em
uma área chamada "Remanso 2", que fica abaixo da área administrativa
da mina Córrego do Feijão. Esta área fica ao lado da "Remanso 1",
onde outro corpo foi encontrado nesta quinta-feira (4).
Esta vítima foi identificada como Carlos Roberto Pereira, de 62
anos. O corpo dele estava parcialmente preservado e foi identificado
pela arcada dentária.
Nesta sexta-feira (5), o corpo da vítima foi
encontrado incompleto, sem os membros inferiores e com parte da arcada
dentária, importante para ajudar na identificação. A preservação de um corpo
completo é mais difícil neste tipo de ocorrência porque a lama atinge alta
velocidade e destrói tudo o que encontra pela frente.
Não foi possível identificar sexo ou idade aparente
deste corpo, que foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo
Horizonte para ser analisado.
O Corpo de Bombeiros afirmou que o corpo foi
encontrado pelo trabalho de inteligência da corporação, que usou um cruzamento
de dados para definir locais de busca mais prioritários. Mais de 90% das
vítimas já foram localizadas.
“Durante esses mais de
cinco meses nós temos processado as informações. Tudo é levado a conhecimento
da nossa equipe de planejamento e o resultado disso é que, revolvendo menos de
10% desses 10,5 milhões de m² de rejeito, a gente já tenha conseguido atingir
essa marca superior a 91% de localização”, disse o tenente Pedro Aihara nesta
quinta-feira (14).
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