Bolsonaro exige que grupo suspeito de invasão hacker sejam responsabilizados
Bolsonaro fez uma live nessa quinta-feira e, prometeu aumentar a legítima defesa da população.
Após ter os celulares como
alvo dos mesmos hackers que invadiram o Telegram do ministro da
Justiça, Sergio Moro ,
o presidente Jair Bolsonaro afirmou
na noite desta quinta-feira que não tem nenhuma preocupação com a invasão, já
que ele trata de questões estratégicas e reservadas apenas pessoalmente.
Bolsonaro afirmou ainda que seria "infantilidade" achar que ele não
estivesse sendo "bisbilhotado" por pessoas de dentro e fora do país
desde o período eleitoral do ano passado e defendeu que o grupo seja
responsabilizado, caso as acusações sejam confirmadas.
— Meu telefone estava lá no grupo desses quatro hackers. Um já disse que
entregou isso ao Verdevaldo, e logicamente o Brasil é um país com lei. Esse
pessoal, a confirmar tudo que aconteceu, tem que ser responsabilizado. Da minha
parte, não tem nenhuma preocupação com invasão nesse meu telefone. As
informações que eu tenho tratado, no tocante em sendo reservado e estratégico
para o Brasil nós conversamos pessoalmente.
O presidente ainda
defendeu uma "boa punição" ao grupo de hackers que invadiu contas de
ministros e autoridades.
— Achar que, até
semanas antes da minha eleição, eu não estivesse sendo bisbilhotado de dentro,
ou de fora do Brasil, seria uma infantilidade da nossa parte. Mas se alguém tem
coisa particular e for tornado público, a gente lamenta. É um crime a invasão
de telefones e com toda certeza a Justiça dará conta de uma boa punição para
esse pessoal aí.
A Operação Spoofing prendeu
na terça-feira quatro suspeitos de envolvimento na invasão ao Telegram de Moro (Justiça)
e de outras autoridades. Os presos são Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen
Priscila de Oliveira, Danilo Cristiano Marques e Walter Delgatti Neto. Além do
perfil dos integrantes do grupo, sabe-se que um
deles assumiu a autoria dos ataques cibernéticos e
que houve movimentações
suspeitas nas contas de dois integrantes do grupo.
Ampliação da legítima defesa
Ao lado do ministro
da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, Bolsonaro afirmou ainda que
pretende enviar ao Congresso um projeto de lei para ampliar a legítima defesa
dos cidadãos e para ampliar o excludente de ilicitude.
— O policial após
cumprir uma missão por determinação superior, pode ser do comandante da Polícia
Militar, do governador ou uma decisão judical, ele chega em casa pra dormir e
no dia seguinte ele recebe uma medalha e não a visita de um oficial de justiça
para intimá-lo para responder um processo. Essa nossa proposta vai passar pelo
parlamentar, Câmara e Senado federal. Nós queremos fazer a mesma coisa com as
forças armadas, nas chamadas missões GLO.
Segundo Bolsonaro, o
projeto ainda vai incluir a ampliação da legítima defesa dos cidadãos.
— Eu pretendo mais
ainda. Ampliação da legítima defesa. Você cidadão armado, arma legal
obviamente, em legítima defesa da sua vida e de terceiros, do teu patromônio e
de terceiros, da sua propriedade e de terceiros, você pode atirar. Não
interessa quantos tiros você vai dar. E você entra no excludente de ilicitude. Você responde, mas não tem punição.
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